Tarquínio da Fonseca Hall nasceu em
Lagos da Beira, Concelho de Oliveira do Hospital, no dia 9 de Novembro de 1915.
Era filho de José João da Fonseca e de Dona Maria da Ressureição Guilherme Hall,
que também foram seus professores de instrução primária. Frequentou, em
Coimbra, o Liceu José Falcão onde completou o 7.º ano (actual 11.º).
Foi mobilizado pelo Batalhão Independente
de Infantaria 19, com sede no Funchal, onde permaneceu durante a Segunda Guerra
Mundial como alferes e tenente miliciano.
Licenciou-se em 11 de Janeiro no
instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina. Exerceu funções
públicas no Ultramar português durante mais de 30 anos onde foi comtemplado com
vários louvores. Regressa a Portugal após o 25 de Abril e desenvolve notáveis
trabalhos de jornalismo e investigação histórica a par de actividade política
sendo mesmo deputado da Assembleia Municipal em 1989 e anos seguintes. Em 7 de
Outubro de 1994 foi condecorado pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital
com a medalha de prata da cidade por serviços prestados à cultura.
Dedicou-se à poesia deixando uma
vasta e bela obra poética. Publicou o primeiro livro em 1945 com o título “Variações”.
Seguiram-se “Poemas de Alem e de Aquém mar” (1956); “Poemas Africanos” (1960); “Liberdade
e Fraternidade” (1977); “Ternura” (1980); “Poemas” (1986); “Infante Dom
Henrique” (1996). Ilustro este post co um poema dedicado à Terra que o viu
nascer.
Lagos da Beira
Minha terra
não tem rios, não tem mar,
mas tem um lindo céu azul
com cascatas de luar…
tem as ondas dos pinhais
quando o vento as faz bailar…
Nosso mar é verde mar…
Como no mar, é o vento
que faz o verde ondular,
que torna verde o relento…
Nas copas dos olivais
navegam barcos reais
distantes no pensamento…
Minha terra
não tem rios, não tem mar;
tem as ondas dos pinhais
quando o vento as faz bailar…
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