Gabriel García Márquez nasceu em 6 de
março de 1927, na cidade de Aracataca, Colômbia, filho de Gabriel Eligio García
e de Luisa Santiaga Márquez, que tiveram ao todo onze filhos. Logo depois que
García Márquez nasceu, seu pai se tornou um farmacêutico. Em janeiro de 1929,
seus pais se mudaram para Barranquilla, enquanto García Marquez permaneceu em
Aracataca. Foi criado por seus avós maternos, Doña Tranquilina Iguarán e o
coronel Nicolás Ricardo Márquez Mejía. Quando ele tinha oito anos, seu avô
morreu, e ele se mudou para a casa de seus pais em Barranquilla, onde seu pai
era proprietário de uma farmácia. Seu avô materno Nicolás Márquez, que era um
veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino, e sua avó
materna Tranquilina Iguarán, exerceram forte influência nas histórias do autor.
Um exemplo são os personagens de Cem Anos de Solidão. Gabriel estudou em
Barranquilla e no Liceu Nacional de Zipaquirá. Passou a juventude ouvindo
contos das Mil e Uma Noites. Em 1947 muda-se para Bogotá para estudar direito e
ciências políticas na universidade nacional da Colômbia, mas abandonou antes da
graduação. Em 1948 vai para Cartagena das Índias, Colômbia, e começa seu
trabalho como jornalista.
As suas ligações com Fidel Castro fizeram
com que fosse perseguido pela CIA e com isso muda-se para o México. Teve como
seu primeiro trabalho o romance "La Hojarasca" publicado em 1955. Em
1961 publica "Ninguém escreve ao coronel". A obra Relato de um
náufrago, muitas vezes apontada como seu primeiro romance, conta a história
verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco e foi publicado primeiramente
no "El Espectador", somente sendo publicada em formato de livro anos
depois, sem que o autor soubesse . O escritor colombiano possui obras de ficção
e não ficção, tais como Crônica de uma morte anunciada e El amor en los tiempos
del cólera. Em 1967 publica Cem Anos de Solidão, livro que narra a história da
família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde sua fundação até a sétima
geração. Este livro foi considerado um marco da literatura latino-americana e
exemplo único do estilo a partir de então denominado "Realismo
Fantástico". Suas novelas e histórias curtas - fusões entre a realidade e
a fantasia - o levaram ao Nobel de Literatura em 1982. Em 2002 publicou sua
autobiografia Viver para contar, logo após ter sido diagnosticado um câncer
linfático. Marquéz apontou como o seu mestre o escritor Norte-Americano William
Faulkner.