quinta-feira, 29 de março de 2012

O AUTOR DO MÊS - GABRIEL GARCIA MARQUEZ


Gabriel García Márquez é um escritor, jornalista, editor, activista e político colombiano. Recebeu o Nobel de Literatura de 1982 pelo conjunto de sua obra, que entre outros livros inclui o aclamado Cem Anos de Solidão. Foi responsável por criar o realismo mágico na literatura latino-americana. Viajou muito pela Europa e vive actualmente em Cuba. É pai do cineasta Rodrigo García. Em 1 de abril de 2009 declarou que se aposentou e não pretende escrever mais livros.
Gabriel García Márquez nasceu em 6 de março de 1927, na cidade de Aracataca, Colômbia, filho de Gabriel Eligio García e de Luisa Santiaga Márquez, que tiveram ao todo onze filhos. Logo depois que García Márquez nasceu, seu pai se tornou um farmacêutico. Em janeiro de 1929, seus pais se mudaram para Barranquilla, enquanto García Marquez permaneceu em Aracataca. Foi criado por seus avós maternos, Doña Tranquilina Iguarán e o coronel Nicolás Ricardo Márquez Mejía. Quando ele tinha oito anos, seu avô morreu, e ele se mudou para a casa de seus pais em Barranquilla, onde seu pai era proprietário de uma farmácia. Seu avô materno Nicolás Márquez, que era um veterano da Guerra dos Mil Dias, cujas histórias encantavam o menino, e sua avó materna Tranquilina Iguarán, exerceram forte influência nas histórias do autor. Um exemplo são os personagens de Cem Anos de Solidão. Gabriel estudou em Barranquilla e no Liceu Nacional de Zipaquirá. Passou a juventude ouvindo contos das Mil e Uma Noites. Em 1947 muda-se para Bogotá para estudar direito e ciências políticas na universidade nacional da Colômbia, mas abandonou antes da graduação. Em 1948 vai para Cartagena das Índias, Colômbia, e começa seu trabalho como jornalista.
As suas ligações com Fidel Castro fizeram com que fosse perseguido pela CIA e com isso muda-se para o México. Teve como seu primeiro trabalho o romance "La Hojarasca" publicado em 1955. Em 1961 publica "Ninguém escreve ao coronel". A obra Relato de um náufrago, muitas vezes apontada como seu primeiro romance, conta a história verídica do naufrágio de Luis Alejandro Velasco e foi publicado primeiramente no "El Espectador", somente sendo publicada em formato de livro anos depois, sem que o autor soubesse . O escritor colombiano possui obras de ficção e não ficção, tais como Crônica de uma morte anunciada e El amor en los tiempos del cólera. Em 1967 publica Cem Anos de Solidão, livro que narra a história da família Buendía na cidade fictícia de Macondo, desde sua fundação até a sétima geração. Este livro foi considerado um marco da literatura latino-americana e exemplo único do estilo a partir de então denominado "Realismo Fantástico". Suas novelas e histórias curtas - fusões entre a realidade e a fantasia - o levaram ao Nobel de Literatura em 1982. Em 2002 publicou sua autobiografia Viver para contar, logo após ter sido diagnosticado um câncer linfático. Marquéz apontou como o seu mestre o escritor Norte-Americano William Faulkner.

domingo, 25 de março de 2012

MORREU ANTÓNIO TABUCCHI


Antonio Tabucchi (Vecchiano, província de Pisa, 24 de setembro de 1943 - Lisboa, 25 de março de 2012) foi um escritor italiano, professor de Língua e Literatura Portuguesas na Universidade de Siena.
Muito apaixonado por Portugal, e dos melhores conhecedores, crítico e tradutor italiano do escritor português Fernando Pessoa. Tabucchi chega à obra de Pessoa nos anos sessenta, na Sorbona, fica fascinado e no seu retorno a Itália assiste a aulas de português para poder perceber melhor o poeta.
Os seus livros estão traduzidos em cerca de dezoito países. Em parceria com Maria José de Lancastre, sua companheira, tem traduzido para italiano muitas das obras de Pessoa. Escreveu, além de outras obras, um livro de ensaios e uma comédia teatral sobre ele.
Obteve o prémio francês "Médicis étranger" pelo seu romance Notturno Indiano, e o prémio Campiello por Sostiene Pereira.
Alguns dos seus livros mais conhecidos são Notturno Indiano, Piccoli equivoci senza importanza, Un baule pieno di gente, Gli ultimi tre giorni di Fernando Pessoa, Sostiene Pereira, La testa perduta di Damasceno Monteiro e Si sta facendo sempre più tardi. Vários dos seus livros foram adaptados ao cinema, com destaque para Sostiene Pereira, onde Marcello Mastroianni realiza uma das suas últimas interpretações, em 1995, um ano antes da sua morte.
Antonio Tabucchi faleceu no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, de câncer, em 25 de março de 2012, aos 68 anos.

(Fonte: Wikipedia)

sexta-feira, 23 de março de 2012

HISTÓRIA


A casa que alberga a biblioteca, museu e espaço internet foi residência do poeta e investigador de História Tarquínio Hall. Era sua vontade transformar este espaço em algo capaz de valorizar culturalmente a sua Terra. Após o seu falecimento em três de Julho de 2002 coube à Junta de Freguesia fazer todas as obras necessárias à transformação de uma residência num espaço museológico com biblioteca. Tarefa complicada por dificuldade de financiamento e morosa visto que teve que se organizar a biblioteca com centenas de livros do dono da casa e outros que foram doados. Este paciente trabalho, assim como toda a organização do museu, esteve a cargo da Dra. Filomena Carvalho. Finalmente a magnífica obra foi inaugurada em três de Julho de 2011. No sótão transformado funciona a biblioteca e o espaço internet. No segundo piso está o museu com exposição permanente sobre as profissões, artes e ofícios já desaparecidos. Aqui podemos encontrar as ferramentas do carpinteiro, resineiro, sapateiro, pedreiro e ferreiro. Também há um espaço dedicado a tarefas agrícolas como sejam o cultivo e fabrico do azeite e do vinho. No rés-do-chão temos um espaço para exposições diversas de caracter não permanente. No espaço envolvente podemos encontrar um parque infantil e um espaço arborizado propício para actividades ao ar livre.

quinta-feira, 22 de março de 2012

TARQUÍNIO HALL



Tarquínio da Fonseca Hall nasceu em Lagos da Beira, Concelho de Oliveira do Hospital, no dia 9 de Novembro de 1915. Era filho de José João da Fonseca e de Dona Maria da Ressureição Guilherme Hall, que também foram seus professores de instrução primária. Frequentou, em Coimbra, o Liceu José Falcão onde completou o 7.º ano (actual 11.º).
Foi mobilizado pelo Batalhão Independente de Infantaria 19, com sede no Funchal, onde permaneceu durante a Segunda Guerra Mundial como alferes e tenente miliciano.  
Licenciou-se em 11 de Janeiro no instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina. Exerceu funções públicas no Ultramar português durante mais de 30 anos onde foi comtemplado com vários louvores. Regressa a Portugal após o 25 de Abril e desenvolve notáveis trabalhos de jornalismo e investigação histórica a par de actividade política sendo mesmo deputado da Assembleia Municipal em 1989 e anos seguintes. Em 7 de Outubro de 1994 foi condecorado pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital com a medalha de prata da cidade por serviços prestados à cultura.
Dedicou-se à poesia deixando uma vasta e bela obra poética. Publicou o primeiro livro em 1945 com o título “Variações”. Seguiram-se “Poemas de Alem e de Aquém mar” (1956); “Poemas Africanos” (1960); “Liberdade e Fraternidade” (1977); “Ternura” (1980); “Poemas” (1986); “Infante Dom Henrique” (1996). Ilustro este post co um poema dedicado à Terra que o viu nascer.

Lagos da Beira

Minha terra
não tem rios, não tem mar,
mas tem um lindo céu azul
com cascatas de luar…
tem as ondas dos pinhais
quando o vento as faz bailar…

Nosso mar é verde mar…
Como no mar, é o vento
que faz o verde ondular,
que torna verde o relento…
Nas copas dos olivais
navegam barcos reais
distantes no pensamento…

Minha terra
não tem rios, não tem mar;
tem as ondas dos pinhais
quando o vento as faz bailar…

terça-feira, 13 de março de 2012

Este blogue nasce para dar conta de tudo o que se faz e pretende fazer na Biblioteca Museu Tarqínio Hall. De certa forma será uma extensão da própria casa.